Jornal do BrasilVitor Sapienza*
O custo das promessas impensadas acaba provocando desgaste no candidato e, de maneira indireta, na classe política como um todo. Esses erros se transformam em “prato cheio” para alguns setores da mídia, que não hesitam em fazer as suas cobranças. E o resultado dessas cobranças, muitas vezes, joga no mesmo balaio pessoas que não se enquadram nesse perfil. Nivelament por baixo prejudica a imagem de quem nada tem a ver com essa postura, mas que acaba atingido.
Felizmente a tendência é a redução desse tipo de comportamento, fruto da conscientização do eleitor, que começa a exigir mudanças por parte da classe política. Com isso, ganha a democracia, ganha o processo eleitoral e também a sociedade como um todo. Na medida em que a classe política começa a repensar a sua postura, a mudança ocorre de alto a baixo, e uma das conseqüências é a seriedade no trato da coisa pública.
Política é paixão, é arte, é aceitar as diferenças, as limitações, os acertos, o talento, as carências. É praticar a democracia e fazer dela um objetivo. É criticar e aceitar a crítica. Política é zelar pelo direito e ideias dos demais, mesmo quando não concordamos com elas. É exatamente isso que devemos fazer, tanto no poder como na luta por ele. Até porque, à medida que o processo democrático se aprimora, traz consigo algo muito simples, a consciência. E é exatamente isso que pune determinados exageros e colocações absurdas, feitas durante a busca pelo voto.
*Vitor Sapienza é deputado estadual (PPS), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informação, ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, economista e agente fiscal de rendas aposentado. Acesse: www.vitorsapienza.com.br
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